TY - JOUR AU - da Rocha, Ana Beatriz AU - Reis, Paulo PY - 2017/10/13 Y2 - 2024/03/29 TI - “Rio Cidade Olímpica” e a construção de uma (nova) imagem para a Zona Portuária do Rio de Janeiro JF - Revista Thésis JA - Rev. Thésis VL - 2 IS - 4 SE - Ensaios DO - 10.51924/revthesis.2017.v2.102 UR - https://thesis.anparq.org.br/revista-thesis/article/view/102 SP - AB - <p class="IDpaper-Abstract">Como parte das políticas neoliberais vigentes desde 1990, onde “cultura” tem sido um importante elemento nos processos de regeneração urbana, políticos e investidores vêm adotando amplamente o discurso de como a transformação (física e simbólica) de áreas (centrais, litorâneas e/ou portuárias) degradadas e a criação de novas identidades para as cidades impulsionam um novo ciclo de investimentos/ especulação – que, eventualmente, levaria à prosperidade econômica. Aliadas à inserção de arquiteturas espetaculares, estas políticas de transformação urbana promovem uma completa ressignificação dos espaços públicos, que passam a ser identificados como “bens de consumo” (cultural), avidamente consumidos por um público cada vez maior e mais diversificado.</p><p class="IDpaper-Abstract">Seguindo esta lógica, grandes projetos de regeneração urbana vêm sendo comissionados, desenvolvidos e implementados com o intuito de não só “consertar” políticas urbanas ineficientes mas, principalmente, de reverter o processo de declínio socioeconômico visto em cidades pós-industriais – sobretudo as litorâneas. Um dos principais aspectos deste fenômeno é a (re)invenção das cidades através do (re)desenho de suas áreas vazias, onde novas arquiteturas (espetaculares) e a ressignificação dos espaços públicos degradados visam alterar a imagem do lugar. Estes “novos” espaços reconfigurados passam a atrair um novo público e, consequentemente, inicia-se um novo ciclo de circulação de capital. De forma a impulsionar o consumo destes “novos” lugares, surge uma série de rótulos como “capital cultural”, “cidade criativa”, “cidade inteligente”, etc... que passam a ser bastante disputados, gerando uma grande competitividade entre as cidades.</p><p class="IDpaper-Abstract">Mas estes processos de reinvenção não são impunes – particularmente se considerarmos como padrões culturais existentes são manipulados de forma a promover uma “nova” identidade para as cidades. E é isso que torna interessante o processo de transformação que vem acontecendo na Zona Portuária do Rio de Janeiro.</p> ER -