O Alfa e o Ômega: a vida das grandes cidades, suas fases e porque deveriam nos importar
Resumo
O artigo apresenta a compreensão que Jane Jacobs possui da vitalidade urbana, a partir das teorias sobre a complexidade organizada. As cidades são expressão do fenômeno universal do desenvolvimento, da ordem crescente que expulsa a entropia, onde o próprio termo vitalidade não é uma metáfora, e sim a própria raiz do fenômeno, regido por poucos e inexoráveis princípios. O Nascimento é a emergência de um novo tipo de ordem, diferente da soma das partes, com a formação de conexões cada vez mais intrincadas. Para Jacobs o Crescimento é quantitativo (a expansão) e qualitativo (a diferenciação) em um contínuo co-desenvolvimento, alimentado pelas várias formas de realimentação positiva e negativa em um universo instável, e seus efeitos ao longo do tempo. A Morte é a perda da complexidade do sistema, neste caso as cidades, e Jacobs expõe as causas e meios da incapacidade em responder às circunstâncias mutáveis, revendo o conceito de eficiência. Ela ainda tenta demonstrar as condições para sua Sobrevivência, por meio das inovações nas bifurcações, apesar dos resultados incertos e inesperados. E precisamente por essa incerteza, constitutiva da realidade, Jane Jacobs oscilará entre o desespero e a esperança.
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Referências
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