Como seria uma cidade ecofeminista?

Publicado
2024-10-21
Palavras-chave: cidade, ecofeminismo, ética do cuidado, Plano Popular das Vargens. city, ecofeminism, ethics of care, Plano Popular das Vargens. ciudad, ecofeminismo, ética del cuidado, Plano Popular das Vargens.

    Autores

  • Luciana Amorim

Resumo

O presente artigo tem como objetivo trazer uma reflexão sobre cidade, gênero e meio ambiente, a partir do caso-referência do “Plano Popular das Vargens”. O planejamento insurgente proposto no Plano se voltou para a Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, em uma porção ambientalmente sensível do território, caracterizada pelos Campos de Sernambetiba e pelo Parque Estadual da Pedra Branca. Sua elaboração é fruto da manifestação de um grupo plural, com o protagonismo de mulheres do bairro de Vargem Grande. Para tanto, foi tomado como aporte teórico a corrente de pensamento do ecofeminismo e a ética do cuidado. Dessa forma, a investigação permitiu expandir as relações de gênero no campo do Urbanismo, no bojo de questões ambientais, associadas a lógicas não hegemônicas de produção da cidade. A investigação permitiu observar nas diretrizes propostas no Plano Popular das Vargens, ações de cuidado na cidade priorizando grupos vulneráveis humanos e não humanos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

ACSELRAD, H. Vulnerabilidade ambiental, processos e relações. In: II ENCONTRO NACIONAL DE PRODUTORES E USUÁRIOS DE INFORMAÇÕES SOCIAIS, ECONÔMICAS E TERRITORIAIS. 2006, Rio de Janeiro. Comunicação. Rio de janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2006.

ARTICULAÇÃO PLANO POPULAR DAS VARGENS. Plano Popular das Vargens. Articulação Plano Popular das Vargens, 2017. Disponível em: <https://docplayer.com.br/108231160-Articulacao-plano-popular-das-vargens.html>

ALVA, Eduardo Neira. Metrópoles (In) sustentáveis. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1997.

CAVALLAZZI, R. L. Plasticidade do plano contratual. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1993.

BERTH, J. E se a cidade fosse nossa: racismos, falocentrismos e opressões na cidade. Rio de Janeiro: Editora Paz & Terra, 2023.

BUTLER, J. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

CIOCOLETTO, A. et al. Urbanismo feminista. Por una transformación radical de los espacios de vida. Barcelona: Virus Editorial, 2019.

FALK, R. The second cycle of ecological urgency: an environmental. Em: Environmental Law and Justice in Context. [s.l.] Cambridge University Press, 2009. p. 39.

GILLIGAN, C. In a Different Voice: Women’s Conceptions of Self and of Morality. Harvard Educational Review, v. 47, n. 4, p. 481–517, 1 dez. 1977.

GILLIGAN, C. In a Different Voice: Psychological Theory and Women’s Development. [s.l.] Harvard University Press, 1993.

GILLIGAN, C. Joining the resistence. Cambridge: Polity Press, 2011.

GUATTARI, Félix. As três ecologias. Tradução Maria Cristina F. Bittencourt. Campinas: Papirus, 1990. 11. ed. 2001. ISBN 85-308-0106-7. Disponível em: http://escolanomade.org/wp-content/downloads/guattari-as-tres-ecologias.pdf. Acesso em: 29 de set de 2018.

HERRERO, Y. Miradas ecofeministas para transitar a un mundo justo y sostenible. Revista de economía crítica, v. 16, p. 278–307, 2013.

HERRERO, Y. Economía ecológica y economía feminista: un diálogo necesario. Con voz propia. La economía feminista como apuesta teórica y política, p. 219–237, 2014.

HERRERO, Y. Miradas ecofeministas para revertir la guerra contra la vida. Conferência apresentado em VIII Curso de introducción al arte contemporáneo, 2018. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Zg2eEs5sIhI>. Acesso em: 3 dez. 2019

HERRERO, Y. Lo personal es político: ecofeminismos en los territorios del Norte Global. Em: Por qué las mujeres salvarán el planeta. Barcelona: Rayo Verde Editorial, 2019. v. 9.

KHEEL, M. A contribuição do ecofeminismo para a ética animal. Em: Ecofeminismos: fundamentos teóricos e práxis interseccionais. Rio de Janeiro: Ape’Ku, 2019.

MONTANER, J. M.; MUXÍ, Z. Feminizar a política (e seus agentes). Em: Política e arquitetura: por um urbanismo do comum e ecofeminista. São Paulo: Olhares, 2021.

MORROW, K. The fragility of climate, human responsibility and finding the impetus to act decisively – investigating the potential of the ethics of care. Em: Research Handbook on Global Climate Constitutionalism. [s.l.] Edward Elgar Publishing, 2019. p. 114–131.

PULEO, A. H. Feminismo y ecología: un repaso a las diversas corrientes del ecofeminismo. El Ecologista, n. 31, 2002.

PULEO, A. H. Libertad, igualdad, sostenibilidad. Por un ecofeminismo ilustrado. Isegoría, v. 0, n. 38, p. 39–59, 30 jun. 2008.

PULEO, A. H. Ecofeminismo para otro mundo posible. Madrid: Cátedra, 2011.

PULEO, A. ¿Qué es el ecofeminismo? Quaderns de la Mediterrània, v. 25, p. 210–214, 2017.

PULEO, A. H. Ecofeminismo: una alternativa a la globalization androantropocéntrica. Em: Ecofeminismos: fundamentos teóricos e práxis interseccionais. Rio de Janeiro: Ape’Ku, 2019.

ROSENDO, D. et al. Ecofeminismos: fundamentos teóricos e práxis interseccionais. Rio de Janeiro: Ape’Ku, 2019.

SANTILLI, J. Agrobiodiversidade e direito dos agricultores. Tese (Programa de Pós-Graduação em Direito)—Curitiba: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2009.

SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, v. 2, n. 20, 1995.

SHIVA, V. Abrazar la vida. Mujer, ecología y desarrollo. Horas y Horas, Madrid, 1995.

TOPALOV, Christian. Do planejamento à ecologia: nascimento de um novo paradigma de ação sobre a cidade. Cadernos IPPUR ano XI nos 1 e 2 jan dez 1997.

Como Citar
AMORIM, L. Como seria uma cidade ecofeminista? . Revista Thésis, Rio de Janeiro, v. 9, n. 18, 2024. Disponível em: https://thesis.anparq.org.br/revista-thesis/article/view/481. Acesso em: 21 nov. 2024.