Utopias artísticas e feministas:

uma cidade para as mulheres a partir da arte urbana em Belo Horizonte

Publicado
2024-08-14
Palavras-chave: cidade não sexista, utopia, Améfrica, arte urbana non-sexist city, utopia, Amefrica, urban art ciudad no sexista, utopía, Améfrica, arte urbano

Resumo

O artigo discute o papel das utopias artísticas e feministas, considerando as condições históricas e contemporâneas de sua produção, especialmente no Sul Global, sob a perspectiva do feminismo decolonial. Argumentamos que a utopia é essencialmente estética e pode desencadear mudanças na reprodução do cotidiano. A partir de uma análise das obras de arte urbana, propõe-se uma visão crítica do espaço que articule questões relacionadas à moradia, direito à cidade e desigualdades, e que, compreendendo que o espaço é produzido socialmente, examine as relações de poder e as formas de exploração. Apoiado na necessidade de desconstruir a ideologia espacial que fortalece certos grupos e classe, argumentamos que a colonialidade do poder é vista como uma tecnologia de dominação que persiste na contemporaneidade, com destaque para a categoria socioespacial de Améfrica. Neste contexto de articulação entre a teoria urbana crítica e o feminismo decolonial, estudamos a arte do lugar urbano em Belo Horizonte para acessar, imaginar e desvelar utopias feministas na cidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

BRENNER, Neil. What is critical urban theory?. City, 2009, 13.2-3: 198-207.

GOMES, Castro; SOCIAIS, S. Ciências. violência epistêmica e o problema da “invenção do outro". A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais e perspectivas latino-americanas. Tradução de CW Porto-Gonçalves. Buenos Aires: Clacso, 2005, 80-87.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. Editora Schwarcz-Companhia das Letras, 2020.

GRAEBER, David. Bullshit jobs. E mploi, 2018, 131.

LEFEBVRE, Henri, et al. La producción del espacio. Papers: revista de sociología, 1974, 219-229.

MASSEY, Doreen. A global sense of place. In: The cultural geography reader. Routledge, 2008. p. 269-275.

NASCIMENTO, Beatriz. O negro visto por ele mesmo: ensaios, entrevistas e prosa. Ubu Editora, 2022

OLIVEIRA, Acauam Silvério de. O fim da canção? Racionais MC's como efeito colateral do sistema cancional brasileiro. 2015. PhD Thesis. Universidade de São Paulo.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina1. A Colonialidade do Saber: etnocentrismo e ciências sociais–Perspectivas Latinoamericanas. Buenos Aires: Clacso, 2005, 107-126.

QUIJANO, Aníbal. Estética de la utopia in cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLASCO, 2014.

SERPA, Angelo. O espaço público na cidade contemporânea. Editora Contexto, 2007.

VELLOSO, Rita. descolonizar o urbano, insurreição nas periferias: notas de pesquisa. REDOBRA, 2020, 15: 153-176.

VERGÈS, Françoise; BOHRER, Ashley J. A decolonial feminism. London: Pluto Press, 2021.

Como Citar
SOARES LIMA, C. M.; MEDEIROS DE FREITAS, D. Utopias artísticas e feministas:: uma cidade para as mulheres a partir da arte urbana em Belo Horizonte. Revista Thésis, Rio de Janeiro, v. 9, n. 17, 2024. DOI: 10.51924/revthesis.2024.v9.483. Disponível em: https://thesis.anparq.org.br/revista-thesis/article/view/483. Acesso em: 15 ago. 2024.