A megaestrutura na dinâmica de contínuas reconfigurações do espaço universitário
o ICC-UnB
Resumo
Como um organismo vivo, as universidades estão em contínuo processo de crescimento e mudança. Observa-se, porém, escassez de debate acerca das novas formas de produção de conhecimento, da estrutura organizacional e principalmente sobre os reflexos destas discussões em seu território do ensino superior. Objetiva-se com isso nesse artigo fomentar o debate. Torna-se urgente iluminar o tema. Para isso propõe-se o entendimento da configuração do campus, território predominante do ensino superior, desde a sua origem. A breve revisão mostra o edifício em larga escala, a megaestrutura, como possível solução ao problema do isolamento entre os edifícios acadêmicos e o atendimento às diretrizes atuais de crescimento, mudança e interação social. Por último apresenta-se o ICC como estudo de caso e modelo da contemporaneidade da megaestrutura.
Downloads
Métricas
Referências
ALMEIDA, J. G. DE. Território das Instituições Federais de Ensino Superior Brasileiras (IFES): uma reflexão sobre o planejamento de campus e suas práticas na década de 70 e atual. Paranoá - cadernos de arquitetura e urbanismo, n. 19, 2017.
BASTOS, M. A. J.; ZEIN, R. V. Brasil, arquiteturas após 1950. São Paulo, SP, Brasil: Perspectiva, 2010.
BELL, D. Universites. L ́ architecture d ́au jourd ́hui, n. 137, p. capa, maio 1968.
CABRAL, C. P. C. De volta ao futuro: revendo as megaestruturas. Arquitextos/Vitruvius, v. ano 07, n. 082.07, 2007.
CHARLE, C.; VERGER, J. História das Universidades. Tradução: Elcio Fernandes. São Paulo: Unesp, 1996.
GRAEFF, E. A. Anotações sobre Espaço-Tempo na Universidade Brasileira. Em: Campus universitário: textos. 1. ed. Brasília: MEC, 1984.
HANSEN, O. “La Forme Ouverte Dans L’Architecture - L’Art Du Grand Nombre”. Le Carré Bleu, 1961.
HEUVEL, D. VAN DEN. Architecture and democracy – contestations in and of the open society. In: Jaap Bakema and the open society. 1. ed. Amsterdam: Archis Publishers, 2018.
KERR, C. The uses of the university. 1. ed. Massachusets: Harvard University Press, 1963MARTINS, Paola C. F. A megaestrutura como síntese da coletividade. Anais. In: DOCOMOMO BRASIL. São Paulo: out. 2023.
MARTINS. Paola C. F. Espaço universitário, impermanências e megaestrutura: análise do Instituto Central de Ciências (ICC/UnB). Tese – UnB. Brasília, 2023.
MAKI, F. Investigations in Collective Form. 1. ed. Washington: Washington University School of Architecture, 1964.
NIEMEYER, O. INSTITUTO DE CIÊNCIAS. Módulo Brasil Arquitetura, v. Ano VIII, n. 32, p. 35, mar. 1963.
ORR, David W. Earth in Mind: On Education, Environment an Human Prospect. Washington, DC: Island Press, 1994.
PINTO, G. DE A.; BUFFA, E. Arquitetura e educação: câmpus universitários brasileiros. São Carlos: EdUFSCar, 2009.
ROUILLARD, D. Superarchitecture. Journal of Architectural Education, v. 67, n. 1, p. 119–121, 7 mar. 2013.
SANTOS, B. DE S. A universidade no século XXI : para uma reforma democrática e emancipatória da Universidade. Coimbra: 2008.
SMITHSON, A.; SMITHSON, P. Ordinariness and light: urban theories 1952-1960 and their application in a building project 1963-1970. Cambridge, Mass: MIT Press, 1970.
TURNER, P. V. Campus: an American planning tradition. New York: Cambridge, Mass: Architectural History Foundation; MIT Press, 1987b. Universites. L ́architecture d ́au jourd ́hui, v. 137, maio, 1968.
VAN ROOYEN, X. Megaform versus Open Structure or the Legacy of Megastructure. Histories of Postwar Architecture; No 3 (2018): Megastructures, n. 3, p. 30–49, 2018.
Copyright
Copyright (c) 2025 Paola Caliari Ferrari Martins, Luciana Saboia, Jaime Almeida

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.