Uma universidade e dois modelos: a representação linear e em malha para o campus da Universidade Estadual de Maringá
Resumo
Os dois planos propostos pelos arquitetos Jaime Lerner, Domingos Bongestabs e Marcos Prado para o campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) na década de 1970 são tomados como objetos de reflexão e como expressão de possíveis representações organizacionais do espaço universitário. Em síntese, tratamos da representação linear configurada pelo projeto inicial da Universidade em 1970 e da representação em malha concebida por meio de um novo plano proposto para o campus em 1977. Entendendo a necessidade de revisitar essas propostas que permearam o ideário de configuração espacial da universidade em questão, propomos a apresentação destes planos e de suas consequentes representações formais. Deste modo, pretendemos contribuir à compreensão de possíveis meios de organização das universidades, atentando aos aspectos de implantação e articulação dos edifícios inseridos no campus universitário. Entendemos, por fim, que o território que se planejou para a UEM e suas consequentes representações e atributos, consideram estratégias espaciais que estimulam a construção de uma unidade espacial, a integração das atividades e a flexibilização dos espaços de ensino. Todavia, a transição entre as propostas, a primeira funcional e plástica e a segunda em malha não ortogonal, resultou em um espaço marcado pela complexidade e ilegibilidade.