Dias de Festa no Mar: maritimidade, hierofanias e heortologia urbana na Salvador oitocentista

Publicado
2021-03-31
Palavras-chave: Maritimidade , heortologia urbana , história urbana, festas Maritimity, urban heortology, urban history, feasts Maritimidad, heortología urbana, historia urbana, fiestas

Resumo

A Salvador oitocentista era profundamente dependente do mar: dele e das suas costas extraiu material de construção, riquezas e sustento diário, tendo a Baía de Todos os Santos como seu mare nostrum. Um aspecto dessa maritimidade particular eram as crenças e celebrações religiosas. Os trabalhadores do mar eram os devotos mais fiéis, mas era um interesse compartilhado pela sociedade indefesa diante das intempéries em terra e principalmente nas inevitáveis viagens por mar. Isso explicava a irrupção de hierofanias à beira-mar, festejadas dentro de um calendário anual, orientando a economia mundana e espiritual daquela sociedade. Nas possibilidades abertas de uma Heortologia Urbana, dessa relação entre Festas e Cidade, estudamos as articulações entre partes da cidade, seus arredores e lugares mais distantes, por meio de diversos tipos de deslocamento: procissões, romarias, corridas e entregas de presentes. Primeiro, identificamos os poderes extraterrenos que se vinculavam ao mar cultuados em Salvador no séc. XIX, no culto católico e o da Mãe d´Água, que fundia crenças africanas com uma matriz ameríndia prévia, além das ambivalentes relações desta com denominações de Nossa Senhora, manifestando-se em fontes, espelhos d´água, e locas e grutas à beira-mar. O passo seguinte foi rastrear as festas específicas. Algumas no Porto da cidade, como a Festa das Escadas e a do Bom Jesus dos Navegantes. Outras eram distantes da cidade, implicando em uma vistosa romaria náutica pela baía, sendo as mais importantes a de N. Sra. da Purificação e, depois, a de N. Sra. das Candeias. A solidariedade entre as localidades de pescadores se expressava nas festas, nos percursos das procissões e seus rituais, que iam de um santuário a outro, por simples que fossem. Na Península de Itapagipe, o antigo culto a santos dedicados ao mar encontrou um público maior, levando ao chamado “passar as festas”, precursor e motor do veraneio moderno, em torno do N. Sr. do Bonfim, com porte regional na Bahia. E, de maneira mais discreta na contracosta da península, a Entrega de Presentes à Mãe d´Água na Ribeira, o grande festejo na época dessa entidade, que nas primeiras décadas do séc. XX deslocou-se para Montserrate, perto dali. Nas localidades do litoral atlântico o retiro durante o verão, em algo movido por questões de saúde, levou à visibilidade daquelas festas antes marginais e à sua adoção pelos veranistas, com aporte de recursos e aumento de público. Ocorreu da Barra até a longínqua Itapuã, em especial no Rio Vermelho, que se consagrou como principal sítio de veraneio no final do séc. XIX, e como encerramento do ciclo festivo de verão, prenúncio do Carnaval. Assim os festejos explicam uma aproximação mais hierofânica ao mar, componente central para os hábitos e valores da cidade, e que chegaram mesmo a orientar sua urbanização, privilegiando os arrabaldes litorâneos antes da valorização moderna da beira-mar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

ALMEIDA, M. C. B. E. As Vitrines da Civilização: a modernização urbana do Bairro Commercial da Cidade da Bahia (1890-1930). 2014. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – PPGAU, Universidade Federal da Bahia, Salvador. 2014.

ALVES, Ma. História, Arte e Tradição da Bahia. 1ed. Salvador: Prefeitura Municipal do Salvador/ Departamento de Cultura, Museu da Cidade, 1974.

AMADO, J. Mar Morto. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora, s/d.

AMARAL, J. A. do. Resumo Chronologico e Noticioso da Província da Bahia Desde o seu Descobrimento em 1500. 2ed. Revisto e Consideravelmente Annotado por J. Teixeira Barros. Salvador: Imprensa Official do Estado, Rua da Misericórdia, n.1, 1922.

ANDRADE, M. J. S. A Bahia que Recebeu o Príncipe Regente. In: ATHAYDE, Sylvia Menezes de (org). A Bahia na Época de D. João. A Chegada da Corte Portuguesa 1808. Salvador: Museu de Arte da Bahia/ Solisluna Design e Editora, 2008.

ATHAYDE, S. M. de (org.). A Bahia na Época de D. João: a chegada da Corte portuguesa 1808. Salvador: Museu de Arte da Bahia/ Solisluna Design e Editora, 2008.

ATTA, D. A Roda de São Gonçalo na Região do Médio São Francisco, na Bahia. In: Sitientibus – Revista da Universidade Estadual de Feira de Santana, n.2, jan/jun 1983. Feira de Santana, 1983. Pp79-89.

A BAHIA DE OUTROS TEMPOS: as posturas do Senado da Camara em 1785. In: Revista Trimestral do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Salvador, ano IV, vol.V, n.11, março 1897. Salvador: Typ. e Enc. Empreza Editora, Rua do Corpo Santo, 80, 1897.

BARROS, F. B. À Margem da História da Bahia. Salvador: Imprensa Oficial do Estado, 1934.

BASTIDE, R. O Candomblé da Bahia. São Paulo: Ed. Schwarcz, 2001.

BITTENCOURT, A. R. G. Longos Serões do Campo Vol.2 – Infância e Juventude. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1992.

CADENA, N. V. Festas Populares da Bahia: Fé e Folia. Salvador: Edição do Autor, 2015.

CALASANS, J. Cachaça, Moça Branca: um estudo do folclore [1951]. Salvador: EDUFBA, 2014.

CÂMARA, A. A. Ensaio sobre as Construções Navaes Indígenas do Brasil. Rio de Janeiro: Typ. de G. Leuzinger & Filhos, Ouvidor 31, 1888.

CÂMARA, A. A. Pescas e Peixes da Bahia. Rio de Janeiro: Typographia Leuzinger, 1911.

CAMPOS, J. S. Tradições Bahianas. In: Revista do Instituto Geographico e Historico da Bahia, n.56, 1930. Salvador: Secção Graphica da Escola de Aprendizes Artífices, 1930.

CAMPOS, J. S. Procissões Tradicionais da Bahia. In: Anaes do Arquivo Público da Bahia, Vol. XXVII. Salvador: Imprensa Oficial do Estado, 1941.

CAMPOS, J. S. Procissões Tradicionais da Bahia. Salvador: Secretaria de Cultura e Turismo, Conselho Estadual de Cultura, 2001.

CARNEIRO, E. Religiões Negras: notas de Etnografia Religiosa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1936.

CARNEIRO, E. Candomblés da Bahia. Publicações do Museu do Estado n.8. Salvador: Secretaria de Educação e Saúde, 1948.

CARVALHO, C. A. Tradições e Milagres do Bonfim. Obra seguida de interessante Resenha Histórica da Península de Itapagipe Salvador: Typ. Bahiana, de Cincinnato Melchiades, Rua Lopes Cardoso, ex-Grades de Ferro, 69, 1915.

CARVALHO FILHO, J. E. F. A Devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim e Sua História. 2ed. Salvador: Imprensa Oficial, 1945.

CASCUDO, L. C. Dicionário do Folclore Brasileiro. 12ed. rev. São Paulo: Global Ed., 2012.

D. PEDRO II. Diário da Viagem ao Norte do Brasil. Salvador: Livraria Progresso Editora/ Universidade Federal da Bahia, 1959. [Viagem que ocorreu em 1859].

DANTAS, E. C. Maritimidade nos Trópicos: por uma geografia do litoral. Fortaleza: Edições UFC, 2009.

DIAS, G. J. A. C. O Mar e os Portos como Catalizadores de Religiosidade. In: O Litoral em Perspectiva Histórica (Séc. XVI a XVIII). Porto, Instituto de História Moderna, 2002, pp.275-283.

ELIADE, M. O Mito do Eterno Retorno. Lisboa: Livros do Brasil, s/d.

ELIADE, M. Tratado de História das Religiões. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2008.

FALCÃO, E. C. Isto é a Bahia! São Paulo: Edições Melhoramentos, s/d.

FALCÃO, E. C. Relíquias da Bahia (Brasil). São Paulo, 1941.

FERNANDES, A. G. O Culto a São Gonçalo do Amarante, seu Culto entre Portugueses e Luso-Descendentes do Nordeste Brasileiro. In: Ciência & Trópico, Recife, vol.7, n.2: 201-236, jul/dez, 1979. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1979. Disponível em: <https://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/217/0>.

FERREZ, G. Bahia: Velhas Fotografias 1858/ 1900. Rio de Janeiro: Kosmos Ed./ Salvador: Banco da Bahia Investimentos S.A., 1988.

FONSECA, F. L. Algumas Igrejas Bahianas. Salvador: s/d, 1961.

FREIRE, A. (org.). Almanak da Província da Bahia. Salvador: Litho-typographia de João Gonçalves Tourinho, Arcos de Santa Barbara, n.83, 1881.

FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Biblioteca Nacional Digital Brasil. Disponível em: <http://bndigital.bn.gov.br/acervodigital/> Acesso: nov 2019.

GANDON, T. R. A. A Voz de Itapuã. Salvador: EDUFBA, 2008.

GARCIA, A. A Festa dos Jangadeiros. In: Revista do Instituto Geographico e Histórico da Bahia, n.48, 1923. Salvador: Imprensa Official do Estado, Rua da Misericórdia, n.1, 1923.

HUELL, Q. M. R V. Minha Primeira Viagem Marítima 1807-1810. 2ed. amp. Salvador: EDUFBA, 2009.

JABOATAM, A. S. M. Novo Orbe Seráfico Brasílico Parte Segunda. Rio de Janeiro: Typ. Brasiliense de Maximiano Gomes Ribeiro, R. do Sabão, n.114, 1859.

LA BARBINAIS, G. Nouveau Voyage au Tour du Monde. Tome 3, Paris: Chez Briasson, rue Saint Jacques, à la Science, 1728.

LEITE, S. Monumenta Historica Societatis Iesu. Monumenta Brasiliae I (1538-1553). Roma: Monumenta Historica Societatis Iesu, Via dei Penitenzieri, 20, 1956.

LIMA, H. Roteiro da Bahia. 2ed aumentada. Salvador: Imprensa Oficial da Bahia, 1969.

LINDLEY, T. Narrative of a Voyage to Brazil; terminating in the Seizure of a British Vessel, and the Imprisonment of the Author and the Ship´s Crew, by the Portuguese with General Sketches of the Country, its Natural Productions, Colonial Inhabitants, etc. and a Description of the City and Provinces of St. Salvadore and Porto Seguro. London: J. Johnson, St-Paul´s Church-yard. 1805.

LOPES, L. O Rio Vermelho e Suas Tradições – memórias de Licídio Lopes. Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1984, 112p. [o livro foi concluído em 1969].

MACHADO, A. R. A. Bembé do Largo do Mercado: memória sobre o 13 de Maio. Dissertação (Mestrado em Estudos Étnicos e Africanos) – Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia (FFCH-UFBA), Salvador. 2009.

MARQUES, X. Uma Tradição Religiosa na Bahia – o culto do Senhor do Bonfim. In: Revista Trimestral do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, n.46, 1929. Salvador: Imprensa Official do Estado, Rua da Misericordia, n.1, 1920.

MARQUES, X. Os Praieiros. 6ed. São Paulo: GRD, 1976. [Primeira edição de 1899]

MARTINS, J. B ; AMADO, J. Apresentação. In: CARYBÉ. As Sete Portas da Bahia. 2ed. São Paulo: Livraria Martins Editora S.A, s/d.

MEIRELLES, E. P. Bate-Papo com a Bahia de Outrora. Salvador: s/d a.

MEIRELLES, E. P. Itapuã do Passado. Salvador: s/d b.

MEIRELLES, E. P. Festa de São Tomé de Itapuã. In: Revista Trimestral do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia n.87, 1978.

NEESER, W. ; TEIXEIRA, C. Memória Histórica da Armação. Salvador: Empresa Gráfica Limitada, 1944.

OLIVEIRA, W. F. Santos e Festas de Santos na Bahia. Secretaria de Cultura e Turismo/ Conselho Estadual de Cultura, 2005.

OSÓRIO, U. A Ilha de Itaparica – história e tradição. 4ed. Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1979.

OUSELEY, W. M. G. Description of Views in South America from Original Drawings, made in Brazil, the River Plate, the Parana, &c, &c. London: Thomas McLean, 1852.

PAIM, Z. Relicário Popular. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo/ Empresa Gráfica da Bahia, 1999.

PENNA, J. Festas Tradicionais de Salvador – Ciclo de Verão. Salvador: Prefeitura da Cidade do Salvador, Departamento de Assuntos Culturais, mar 1978.

PIATEK, M. M. Santuário de São Lázaro. História e Fé, Cultura e Missão. Salvador: Legal Editora Gráfica Ltda., 2005.

PEIXOTO, A. Breviário da Bahia. 2ed. Salvador: Livraria Agir Editora, 1946.

PEREIRA, I. C. Breve Histórico do Instituto da Sesmaria e a Evolução das Principais Áreas da Cidade do Salvador. In: Revista Direito UNIFACS – Debate Virtual, n.128, 2011. Salvador: Unifacs, 2011. Disponível em: <https://revistas.unifacs.br/index.php/redu/index> Acesso em: nov. 2019.

PERON, F. ; RIEUCAU, J. (Orgs.). La Maritimité Aujourd'Hui. Paris: L'Harmattan, 1996.

PINHO, W. Cotegipe e seu Tempo. Primeira Phase – 1815-1867. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1937.

PREFEITURA DE SALVADOR. Roteiro Turístico de Salvador. Salvador: 1958.

QUERINO, M. A Bahia de Outrora. Salvador: Livraria Progresso Editora, 1955a.

QUERINO. M. A Raça Africana. Salvador: Livraria Progresso Editora, 1955b.

REBELLO, D. J. A. Corographia Ou Abreviada Historia Geographica do Imperio do Brazil, coordinada, acrescentada, e dedicada à Casa Pia, e Collegio dos Orfãos de S. Joaquim desta cidade para uso dos seos Alumnos, a fim de adquirirem conhecimentos Geographicos preliminares d´America em geral, e seo descobrimento; e com particular individuação do Brasil; especialmente da Provincia, e Cidade de S. Salvador Bahia de Todos os Santos. Salvador: Typ. Imperial e Nacional, 1829.

REIS, J. A. ; FONSECA, M. Á. Salvador História e Imagens. Salvador: Projeto Abraxas/ Bigraf, 1987.

REIS, J. J. A Morte é uma Festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do Século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

REVISTA TRIMESTRAL DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DA BAHIA, Salvador, n.47, 1921-22. Bahia: Imprensa Official do Estado.

RIO VERMELHO – Projeto História dos Bairros de Salvador. Salvador: Governo do Estado da Bahia – Secretaria da Cultura/ Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1988.

ROCHA PITA, S. História da América Portuguesa. Rio de Janeiro: Fundação Darcy Ribeiro, 2013. [Publicado pela primeira vez em 1730].

SAMPAIO, T. A Itapitanga do Gentio. In: A Luva 1928 fev 29, Ano 3, n.68-69. Salvador, 1928.

SANTA MARIA, A. Santuario Mariano, E Historia das Imagens Milagrosas de Nossa Senhora, e milagrosamente manifetadas, e apparecidas em o Arcebispado da Bahia, & mais Bispados, de Pernambuco, Paraiba, Rio Grande, Maranhão, & Grão Pará, em graça dos prégadores, & de todos os devotos da Virgem Maria nossa Senhora. Tomo Nono. Lisboa Occidental: na officina de Antonio Pedrozo Galram, 1722.

SANTANA, M. C. Alma e Festa de uma Cidade: devoção e construção na Colina do Bonfim. Salvador: EDUFBA, 2009).

SANTOS, B. C. C. Santos e Devotos no Império Ultramarino Português. In: Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 29(1): 146-178, 2009.

SANTOS, F. R. Mãe d´Água a Iemanjá: uma perspectiva de análise. In: Anais dos Simpósios da ABHR. São Luís: ABHR, vol.13. 2012. Disponível em: <http://www.abhr.org.br/plura/ojs/index.php/anais/article/view/383>

SERRA, O. Rumores de Festa: o sagrado e o profano na Bahia. 2ed. Salvador: Edufba, 2009.

SILVA, A. A Cidade do Salvador (Aspectos Seculares). Salvador: Imprensa Oficial da Bahia, 1971.

SIMÃO DE VASCONCELLOS. Livro Segundo Das Notícias Antecedentes, Curiosas, e Necessarias das Cousas do Brasil. In: SIMÃO DE VASCONCELLOS. Chronica da Companhia de Jesu do Estado do Brasil E do que obraram seus filhos n´esta prte do Novo Mundo Em que se trata da entrada da Companhia de Jesu nas partes do Brasil, dos fundamentos que n´ella lançaram e continuaram seus religiosos, e algumas notícias antecedentes, curiosas e necessarias das cousas d´aquelle estado. 2ed corrigida e aumentada. Lisboa: Editor A.J. Fernandes Lopes, 1865.

SOUSA, G. S. Tratado Descritivo do Brasil em 1587. São Paulo: Hedra, 2010.

SOUZA, A. Â. Nas Bandas do Rio Vermelho. Salvador: Associação Atlética do Rio Vermelho/ Divisão de Cultura, 1961.

TAVARES, O. Bahia – Imagens da Terra e do Povo. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira S.A., 1961.

TOLLENARE, L. F. Notas Dominicais tomadas durante uma viagem em Portugal e no Brasil em 1816, 1817 e 1818. Salvador: Livraria Progresso Editora, 1956.

TORRES, C. Bahia Cidade-Feitiço. 2ed. revista e aumentada. Salvador: Imprensa Oficial da Bahia, 1961.

VARELLA, J. Da Bahia que eu Vi. Salvador: Typ. de O Povo, 1935.

VELAME, F. M. Corpos nômades: o cortejo da Festa da Bandeira. In: Corpocidade, Salvador: PPG-Dança UFBA, out. 2008. Disponível em: <http://www.corpocidade.dan.ufba.br/index-1.html>. Acesso em: 8 mai. 2020.

VELAME, F. M. Arquiteturas da Ventura: os terreiros de candomblé de Cachoeira e São Félix. 2vol. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – PPGAU-UFBA, Salvador. 2012

VIANNA, H. Folclore Brasileiro: Bahia. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura/ Secretaria de Assuntos Culturais/ FUNARTE, 1981.

VIANNA, M. "...Eu vou pra Bahia". Salvador: Bigraf, 2004.

VIEIRA, J. Introdução. In: KANTOR, Manuel. Bahia. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1975.

VICENTE DO SALVADOR. História do Brasil 1500-1627. Salvador: P55 Edições, 2013. [Obra concluída em 1627].

VILHENA, L. S. Recopilação de Notícias Soteropolitanas e Brasilicas Contidas em XX Cartas Que da Cidade do Salvador Bahia de Todos os Santos escreve um a outro Amigo em Lisboa, debaixo de nomes alusivos, noticiando do Estado daquella Cidade, sua Capitania, e algumas outras do Brasil: feita e ordenada para servir na parte que convier de Elementos para a História Brasílica, ornada de Plantas Geographicas e Estampas. Dividida em Trez Tomos que ao Soberano e Augustissimo Princepe Regente N. St. O Muito Alto e Muito Poderozo Senhor Dom João dedica e oferece o mais humilde dos seus vassallos Luiz dos Santos Vilhena Professor Régio de Língoa Grega na Cidade da Bahia. Anno de 1802. Vol. 1. Salvador: Imprensa Official do Estado, Rua da Misericórdia, n.1, 1922.

WETHERELL, J. Brasil – Apontamentos sobre a Bahia 1842-1857. Extraídos das cartas, etc., que, durante uma permanência de 15 anos, foram tomadas por James Wetherell. Editado por William Hadfield, Liverpool. Tradução pelo Embaixador Miguel Paranhos do Rio Branco. Salvador: Edição do Banco da Bahia S/A, s/d.

Como Citar
PAZ, D. J. M. Dias de Festa no Mar: maritimidade, hierofanias e heortologia urbana na Salvador oitocentista. Revista Thésis, Rio de Janeiro, v. 5, n. 9, 2021. DOI: 10.51924/revthesis.2020.v5.223. Disponível em: https://thesis.anparq.org.br/revista-thesis/article/view/223. Acesso em: 23 abr. 2024.